domingo, 31 de julho de 2011

Um macarrão com molho adocicado.


A simplicidade e doçura são os segredos desta receita. Nada de grandes emoções no orçamento, nem na “feitura”. 

Para receber amigos em casa, fiz um macarrão singelo e gostoso. Um dos amigos é vegetariano, o que às vezes dá um certo trabalho a mais. Especialmente em casa de mineiro, onde sempre há algo de porco na comida. No bom sentido – oras, uma calabresa, um bacon, um pedacinho de lombinho ... enfim ...

Comecei o molho com cebola, alho, tomates e pêra. Ou yep ! Pêras ! Ao invés de açúcar para adoçar o molho de tomates, ou de mel, que também costumo usar, hoje em dia uso muito pêras ou maçãs. É uma receita simples, mas o resultado é delicioso. De lamber os beiços, e raspar o fundo da panela de molho com o último macarrão cozido. 


Isso. Sempre deixo separado o macarrão cozido, colocou um pouco de azeite nele e orégano para colorir e temperar. E deixo o molho separado de lado. Para fechar o prato, nada mais perfeito do que queijo minas ralado. Essa receita de macarrão com molho vermelho, de tomates de verdade, e queijo minas de verdade ralado, eu aprendi com minha sogra. Ela sempre deixava prontinho esse molho, tudo separadíssimo. E era lindo chegar em casa, tarde da noite, e mandar ver nessa pasta com um bom vinho filado da querida família Falcão ! 

Receita simples nesse mundo global – queijo minas trazido pra Goiás, macarrão produzido nestas terras mesmo – há os de Baru que vêm de Pirenópolis, ainda vou experimentar -tomates famosos das terras do sudoeste goiano, pêras do sul, da argentina, ou maçãs de santa Catarina e vinho de onde preferirem para acompanhar.

Assim, ficou pronto, e meus amigos que chegaram às 11 horas da noite de viagem, com fome e vontade de comer algo quentinho, adoraram a receita! Disseram que sim, ao menos. E essa garrafa foi sacanagem sair na foto, não se preocupem.

Cintia Godoi

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Jantar com uma Rapariga

Semana de boas notícias: a CAPES me contemplou com apoio financeiro para minha pesquisa de doutorado e meu Diretor Geral votou a favor de meu afastamento. Faltam poucos passos para que eu possa passar cinco meses na Occidental Praia Lusitana para finalizar minhas pesquisas.

Para comemorar o avanço, resolvi abrir uma Rapariga da Quinta, da região do Alentejo (Além do Rio Tejo, ao sul dele, para ser mais exato).

Mas chega a dar dó abrir um vinho e tomar ele sozinho... resolvi cozinhar algo. Tendo em vista que a Dona Cintia Cliff Godoi não passa por aqui tem tempos e deixou nosso blog às moscas, achei que poderia postar as boas comidas.

Refoguei meia cebola picadinha e uns bons dentes de alho (acabou meu alho picado e estou usando os dentes in natura. Incrível como o sabor é melhor!) em azeite de oliva. Adicionei meio quilo de filet mignon picadinho e deixei em fogo médio. Adicionei salsinha e cebolinha desidratadas, pimenta calabresa, pimenta-do-reino branca e preta e sementes de mostarda, e deixei refogar, até a carne estar cozida e o líquido seco. Deixei mais um pouco para dar aquela 'queimadinha' no fundo da panela. Neste momento, coloquei sal, um pouquinho de shoyu e um tanto bom da Rapariga. Deixei o álcool evaporar e desliguei o fogo. Ficou pronto meu picadinho picante.

Em paralelo, hidratei um punhado de funghi secchi em água morna por uns 20 ou 30 minutos. Funghi secchi, do italiano, fungo seco, algum cogumelo local desidratado. refoguei meia cebola e dois dentes de alho em manteiga - hummm, adoro manteiga - até dourar. Coloquei o funghi já picado e hidratado para refogar por uns dois minutos e, a seguir, o arroz arbóreo. O arroz refogado, uma taça de vinho adicionada, coloca-se um caldo quente, da preferência de quem faz até que o arroz esteja cozido. 

Hoje usei a própria água que hidratei o funghi, adicionada de salsinha, cebolinha, shoyu e sal. Poderia ser um caldo de carne, de legumes, de galinha ou outro....

Uma saladinha de alface, rúcula e tomatinho-cereja completou a trinca.



A rapariga encontrou uma bela companhia.

Sílvio