quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Shimeji

Sempre fui muito resistente às comidas japonesas. Peixes crus e cogumelos nunca me chamaram atenção.

Daí que todo mundo falava nos shimejis e shitakis e eu sempre tive certa resistência, considerando que os champignons não têm muita graça. Logo, considerei que os japoneses cogumelos seriam a mesma coisa.

No entanto, passeando no hortifruti, resolvi comprar uma bandejinha com os horrorosos shimejis e experimentar. Joguei no google para saber como poderia preparar aquilo. Falava-se que eles deveriam ser refogados em manteiga, abafados e, ao fim do processo, embebidos em shoyu. Após isso tudo, que se jogasse cebolinha picada em cima.

O problema era que eu nao tinha manteiga, nem cebolinha. Só o shoyu tinha, bem pouquinho.

Deste modo, fiquei livre pra criar alguma coisa com os temidos cogumelos. E tinha que ficar bom, pois era o que tinha pra aquele dia.

Joguei um pouco de azeite de oliva na frigideira - azeite salva vidas! - e um pouco de cebola e alho... Sim, coloco cebola e alho em quase tudo. Dei uma dourada e joguei os shimejis, já lavados, escorridos e picados (parece uma esponja, absorve muit aágua durante a lavagem, pro isso é bom expremer antes de por na panela). Deixei no fogo baixo uns 8 ou 10 minutinhos até ele murchar. Como ele ainda estava bem úmido, nao precisou colocar mais nada nesse refogado para que ele não queimasse.

Depois que vi que tava murchando já e com o cheiro bem gostoso dos temperos, joguei um tanto bom de shoyu, pra dar uma corzinha e salgar o danado. Deixei mais uns 2 ou 3 minutos até secar, desliguei o fogo e joguei salsinha, que era o que tinha.

Pra variar, não pensei em algo pra acompanhar antes que tivesse ficado pronto. Coloquei uns pedaços de pão de forma regados com azeite no Jorge Washington Grill até dourar. Preparei também uma saladinha simples temperada com azeite, limão, sal e salsinha.

Deu isso:



Ficou bem saboroso e, por ser proteico, substituiu bem a carne. Serviu pra perder o preconceito com os fungos - que eu achava que só serviam pra causar micose - e agora os como sem medo de ser feliz.

Sílvio

P.S.: Esse prato que aparece sempre era da Marisa, que me deixou de herança. Como é o maior e mais bonitinho que tem aqui em casa, é nele que costumo comer.

Um comentário: